Eu sou aquele livro guardado na gaveta
Sou aquela mancha no espelho do corredor
Sou aquela mancha no espelho do corredor
Sou aquela lembrança que em tudo acreditou
Aquele perfume substituido para sair
Aquela voz imitando gaitas roucas por aí
Sou o som da chuva na janela, o silencio da madrugada
O lilás do arco - íris
A companhia cansativa
O peso da cobrança
Uma pessoa delicadamente arrogante
Invisivelmente existente
Na verdade eu sou o complexo da alma
O seco, o frio, o inconsciente
Das cores eu sou o cinza com o verde
Eu sou o centro das atenções em relação aos meus defeitos
Sou a busca incessante por um bem estar
Um bem querer...
Um que me expulsa a todo momento
Mas que é amor e quem não conhece não pode entender esse tempo
Eu posso ser aquela notícia
Aquela conversa
Aquela faísca
Aquela nada
Mas seja o que for, é amor
Pra você eu sou o disco que não faz mais sucesso
A música que não quer mais ouvir sabendo que vai doer
Sabendo que é sobre você
Quando a companhia da madrugada não satisfazer
E de tudo sentir saudade
Me diga o que sente
Posso estar longe
E longe quem de nós irá sobreviver?
(Daniella Barbosa)